A Rosetta Stone for Viktor Orbán: Portuguese

On March 15, 2016, Hungarian Prime Minister Viktor Orbán gave a major speech on Hungary’s National Day commemorating the country’s independence in 1848.

Below is the Portuguese version of excerpts from Mr. Orbán’s speech. Many thanks to RPG for the translation, and to Vlad Tepes for the subtitling:

The English-language version is here.

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Portuguese Transcript:

00:05   O destino dos Húngaros está hoje interligado com o das outras nações Europeias
00:11   e cresceu para ser uma parte integrante dessa união,
00:14   pelo que hoje nenhum povo — incluindo o povo Húngaro — pode ser livre se a Europa não for livre.
00:22   E hoje a Europa está frágil, fraca e doente como uma flôr comida por dentro por um verme escondido.
00:31   Hoje, 168 anos depois das grandes guerras de independência dos povos Europeus,
00:38   a Europa, a nossa casa comum, não é livre!
00:43   Senhoras e Senhores, a Europa não é livre. Porque a liberdade começa com a verdade.
00:51   Hoje na Europa é proibido dizer a verdade.
00:55   Mesmo que feita de seda, uma mordaça é na mesma uma mordaça.
01:02   É proibido alertar que aqueles que chegam não são refugiados, e que a Europa está ameaçada por esta migração.
01:14   É proibido alertar que dezenas de milhões se estão a preparar para vir na nossa direcção.
01:20   É proibido alertar que a imigração traz crime e terrorismo para os nossos países.
01:27   É proibido alertar que as massas que chegam de outras civilizações
01:33   põem em perigo o nosso modo de vida, a nossa cultura, os nossos costumes e as nossas tradições Cristãs.
01:40   É proibido alertar que os que chegaram antes destes
01:45   já construíram entre nós as suas próprias sociedades separadas das nossas,
01:51   com as suas próprias leis e ideais, quebrando a partir do interior a estrutura milenar da Europa.
02:00   É proibido alertar que isto não é uma consequência acidental ou involuntária,
02:07   mas sim uma operação orquestrada e pré-planeada; uma massa de gente que está a ser dirigida para aqui.
02:15   É proibido alertar que em Bruxelas estão a planear esquemas
02:19   para transportar estrangeiros para aqui o mais rápido possível e distribuí-los entre nós.
02:26   É proibido alertar que o propósito de assentar estas pessoas aqui
02:30   é transformar irreversivelmente a paisagem cultural e religiosa da Europa, e adulterar as suas fundações étnicas.
02:39   — eliminando assim a última barreira ao Internacionalismo: os estados-nação.
02:46   É proibido alertar que Bruxelas está agora clandestinamente a devorar mais
02:51   e mais domínios da nossa soberania nacional,
02:55   e que em Bruxelas muitos estão já a fazer planos para uns Estados Unidos da Europa —
03:01   para os quais nunca ninguém lhes deu autorização.
03:11   Senhoras e Senhores,
03:14   Hoje os inimigos da liberdade são feitos de um pano diferente que o dos reis
03:19   e imperadores de antigamente, ou dos que dirigiam o sistema Soviético;
03:23   Hoje, eles usam ferramentas diferentes para nos obrigar à submissão.
03:27   Hoje, eles não nos prendem, não nos metem em campos de concentração,
03:32   e não enviam tanques para ocupar países leais à liberdade.
03:39   Hoje, os bombardeamentos pseudo-moralistas, as denúncias, as ameaças e a chantagem dos média internacionalistas são suficientes
03:46   — ou pelo menos têm sido até agora.
03:51   Os povos Europeus estão lentamente a acordar e a reagrupar-se,
03:56   e em breve recomeçaremos a ganhar terreno.
03:59   As vigas de suporte onde assenta a supressão da verdade estão a rachar e a ceder.
04:07   Os povos Europeus parecem finalmente perceber que o seu futuro está em perigo:
04:14   Agora não só a nossa prosperidade, conforto e empregos estão em risco,
04:20   como a nossa própria segurança e ordem pacífica estão também ameaçadas.
04:25   Finalmente, os povos Europeus, que têm estado adormecidos em abundância e prosperidade, começam a perceber
04:31   que os princípios da vida que a Europa construiu enfrentam um perigo mortal.
04:37   A Europa é uma comunidade de nações Cristãs, livres e independentes; de igualdade entre homens e mulheres;
04:47   competição justa e solidariedade; orgulho e humildade; justiça e misericórdia.
04:57   Desta vez o perigo não nos ataca como as guerras ou desastres naturais normalmente fazem,
05:08   puxando de repente o tapete debaixo dos nossos pés.
05:14   A imigração é um lento mas constante fio de água que tanto bate que fura as nossas rochas.
05:21   Está disfarçada de causa humanitária, mas o seu verdadeiro propósito é a ocupação de território.
05:28   E o ganho de território para eles é uma perda de território para nós.
05:33   Bandos de obcecados com direitos humanos sentem que nos podem repreender moralmente
05:41   e fazer alegações contra nós.
05:44   Alegadamente somos xenófobos hostis,
05:48   mas a verdade é que o território da nossa nação é também um território de inclusão,
05:54   com uma história de encontro de culturas.
05:59   Aqueles que nos procuraram como novos membros da nossa família, como aliados,
06:03   ou pessoas deslocadas fugindo pelas suas vidas
06:07   foi-lhes permitido entrar e fazer uma nova vida entre nós.
06:13   Mas aqueles que vêm com a intenção de mudar o nosso país,
06:18   mudando a nossa nação à sua própria imagem, aqueles que vêm com violência e contra a nossa vontade,
06:25   — têm de ser repelidos com resistência.
06:35   Senhoras e Senhores,
06:38   No início, falavam em apenas umas centenas, mil ou duas mil pessoas a serem relocalizados.
06:45   Mas nem um único líder responsável Europeu se atreveu a jurar
06:50   que este número de pessoas não iria aumentaria eventualmente para dezenas ou centenas de milhares.
06:57   Se queremos parar este fluxo migratório, primeiro temos de enfrentar Bruxelas.
07:04   O maior perigo para o futuro da Europa não vem daqueles que aqui se querem instalar,
07:11   mas sim dos fanáticos internacionalistas de Bruxelas.
07:14   Não podemos permitir que Bruxelas se coloque acima da lei.
07:21   Não podemos permitir que nos forcem as consequências amargas das suas políticas de imigração cosmopolitas.
07:31   Não importaremos para a Hungria, crime, terrorismo, homofobia e anti-semitismo.
07:40   Não haverá zonas urbanas fora do alcance da lei, nem desordem em massa,
07:46   nem tumultos públicos com imigrantes, nem gangues à caça das nossas mulheres e crianças.
07:56   Não permitiremos que outros nos digam quem é que deixaremos entrar nas nossas casas e no nosso país, quem viverá ao nosso lado,
08:07   e com quem partilharemos o nosso país.
08:10   Nós sabemos o que está a acontecer. Primeiro permitimos que nos digam quem é que temos de deixar entrar,
08:18   depois forçam-nos a servir os interesses desses estrangeiros no nosso próprio país.
08:24   No final, vão-nos dizer que temos de fazer as malas e sair da nossa própria terra.
08:30   Por isso, rejeitamos o esquema de relocalização forçada de migrantes, e não toleraremos chantagens ou ameaças.
08:47   Chegou o tempo de fazer soar o alarme. Chegou o tempo da oposição e resistência.
08:56   Chegou o tempo de nos unirmos aos nossos aliados. Chegou o tempo de levantar bem alto as bandeiras das nossas orgulhosas nações.
09:05   Chegou o tempo de de prevenir a destruição da Europa, e de salvar o futuro da Europa.
09:12   Para isso, e independentemente de filiações partidárias, apelamos à união de todos os cidadãos Húngaros,
09:21   e à união de todas as nações da Europa.
09:25   Os líderes e os cidadãos da Europa não podem continuar a viver de costas voltadas.
09:32   Temos de restaurar a unidade da Europa. Nós os povos da Europa
09:36   não conseguiremos ser livres individualmente se não vivermos livres como um todo.
09:43   Se unirmos as nossas forças, venceremos; se puxarmos todos em direcções diferentes, perderemos.
09:49   Juntos somos fortes, separados somos fracos. Ou juntos, ou nada — hoje, este é o mote.
09:58   Húngaros,
10:02   Em 1848 estava escrito no destino que nada poderia ser feito contra o Império dos Habsburgos.
10:14   Se nos tivessemos resignado àquele desfecho, o nosso futuro estaria selado,
10:19   e o oceano Germânico teria engolido o povo Húngaro.
10:24   Em 1956 estava escrito no destino que estariamos condenados a permanecer um país ocupado e soviétizado,
10:34   até que o patriotismo se extinguisse no último dos Húngaros.
10:39   Se nos tivessemos resignado àquele desfecho, o nosso futuro estaria selado,
10:45   e o oceano Soviético teria engolido o povo Húngaro.
10:49   Hoje está escrito no destino que forças internacionalistas, subversivas, sem rosto,
10:55   querem eliminar tudo o que é único,
10:59   autónomo, milenar e nacional.
11:03   Eles querem misturar culturas, religiões e populações, até que a nossa multi-facetada
11:08   e orgulhosa Europa desapareça, esvaída de sangue e dócil.
11:16   E se nos resignarmos a este desfecho, o nosso futuro estará selado,
11:21   e seremos engolidos pela enorme barriga dos Estados Unidos da Europa.
11:28   A missão que temos agora pela frente, o povo Húngaro, as nações da Europa Central
11:36   e as outras nações Europeias que ainda não perderam o bom senso
11:41   é derrotar, reescrever e transformar o destino que essas forças escreveram para nós.
11:47   Nós Húngaros e Polacos sabemos como fazer isto. Fomos ensinados que
11:52   só podemos olhar para o perigo de frente se formos corajosos.
11:59   Temos de por isso restaurar a antiga virtude da coragem do manto do esquecimento.
12:07   Temos de voltar a vestir as nossas armaduras de aço,
12:12   e temos de responder claramente e em voz alta, de forma a sermos ouvidos bem alto e bem longe,
12:19   à mais importante, mais premente questão a afectar o nosso destino,
12:25   a questão sobre a qual balança o futuro da Europa, se ela se volta a erguer ou se desaparece:
12:29   “Seremos escravos ou homens livres?” — Esta é a questão, agora respondam-na!
12:34   Força Hungria, força Húngaros!